segunda-feira, 12 de dezembro de 2011
domingo, 16 de outubro de 2011
Olá, pessoal
Para baixar o resumo, clique aqui
Boa noite!
Estou disponibilizando o resumo dos principais pontos vistos durante a nossa oficina de redação.
Para aqueles que me enviaram as redações por e-mail, ou para quem eu fiquei devendo a correção e análise, enviarei os textos corrigidos e comentados na próxima quarta-feira.
Por fim, para aqueles que prestarão Enem no próximo fim de semana, desejo boa sorte e sucesso. Façam a prova confiantes, com paciência e otimismo.
Nos vemos na sua última aula, dia 5 de novembro. Faremos, entre outras coisas, a correção da prova do Enem deste ano.
Abraços e boa semana!
Para baixar o resumo, clique aqui
segunda-feira, 3 de outubro de 2011
Material para a Oficina de Redação dos dias 9 e 16 de outubro
Olá, pessoal!
Vocês pegaram o material para a nossa oficina de redação?
Se alguém ficou sem, deixo aqui o arquivo para download. Basta clicar aqui.
Abraços e até lá!
Vocês pegaram o material para a nossa oficina de redação?
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Abraços e até lá!
Resumo do livro "O Cortiço" de Aluísio Azevedo
João Romão, português, bronco e ambicioso, ajuntando dinheiro a poder de penosos sacrifícios, compra pequeno estabelecimento comercial no subúrbio da cidade - Rio de Janeiro. Ao lado morava uma preta, escrava fugida, trabalhadeira, que possuía uma quitanda e umas economias.
Os dois amasiam-se, passando a escrava a trabalhar como burro de carga para João Romão. Com o dinheiro de Bertoloza -assim se chamava a ex-escrava, o português compra algumas braças de terra e alarga sua propriedade. Para agradar a Bertoleza, forja uma falsa carta de alforria. Com o decorrer do tempo, João Romão compra mais terras e nelas constrói três casinhas que imediatamente aluga. O negócio dá certo o novos cubículos se vão amontoando na propriedade do português. A procura de habitação é enorme, e João Romão, ganancioso, acaba construindo vasto e movimentado cortiço. Ao lado vem morar outro português, mas de classe elevada, com certos ares de pessoa importante, o Senhor Miranda, cuja mulher leva vida irregular.
Miranda não se dá com João Romão, nem vê com bons olhos o cortiço perto de sua casa. No cortiço moram os mais variados tipos: brancos, pretos, mulatos, lavadeiras, malandros, assassinos, vadios, benzedeiras etc. Entre outros: a Machona, lavadeira gritalhona, - cujos filhos não se pareciam uns com os outros; Alexandre, mulato pernóstico; Pombinha, moça franzina que se desencaminha por influência das más companhias; Rita Baiana, mulata faceira que andava amigada na ocasião com Firmo, malandro valentão; Jerônimo e sua mulher, e outros mais. João Romão tem agora uma pedreira que lhe dá muito dinheiro. No cortiço há festas com certa freqüência, destacando-se nelas Rita Baiana como dançarina provocante e sensual, o que faz Jerônimo perder a cabeça. Enciumado, Firmo acaba brigando com Jerônimo e, hábil na capoeira, abre a barriga dó rival com a navalha e foge. Naquela mesma rua, outro cortiço se forma. Os moradores do cortiço de João Romão chamam-no de - Cabeça-de-gato; como revide, recebem o apelido de - Carapicus. Firmo passara a morar no - Cabeça-de-Gato, onde se torna chefe dos malandros. Jerônimo, que havia sido internado em um hospital após a briga com Firmo, arma uma emboscada traiçoeira para o malandro e o mata a pauladas, fugindo em seguida com Rita Baiana, abandonando a mulher.
Querendo vingar a morte de Firmo, os moradores do - Cabeça-de-gato travam séria briga com os - Carapicus. Um incêndio, porém, em vários barracos do cortiço de João Romão põe fim à briga coletiva. O português, agora endinheirado, reconstrói o cortiço, dando-lhe nova feição e pretende realizar um objetivo que há tempos vinha alimentando: casar-se com uma mulher - de fina educação, legitimamente. Lança os olhos em Zulmira, filha do Miranda. Botelho, um velho parasita que reside com a família do Miranda e de grande influência junto deste, aplaina o caminho para João Romão, mediante o pagamento de vinte contos de réis. E em breve os dois patrícios, por interesse, se tornam amigos e o casamento é coisa certa. Só há uma dificuldade: Bertoleza. João Romão arranja um piano para livrar- se dela: manda um aviso aos antigos proprietários da escrava, denunciando-lhe o paradeiro. Pouco tempo depois, surge a polícia na casa de João Romão para levar Bertoleza aos seus antigos senhores.
A escrava compreende o destino que lhe estava reservado, suicida-se, cortando o ventre com a mesma faca com que estava limpando o peixe para a refeição de João Romão.
sexta-feira, 16 de setembro de 2011
Material didático da aula do dia 10 de setembro
Olá, pessoal!
Para quem perdeu a aula, segue o link para download do material didático. Junto, há uma ficha que deve ser preenchida com as respostas dos exercícios e entregue na próxima aula, dia 24 de setembro.
Abraços!
Download: material didático 10 de setembro
Para quem perdeu a aula, segue o link para download do material didático. Junto, há uma ficha que deve ser preenchida com as respostas dos exercícios e entregue na próxima aula, dia 24 de setembro.
Abraços!
Download: material didático 10 de setembro
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
Sobre a Oficina de Redação
Oficina de redação
Para os interessados em participar da Oficina de Redação, quero avisar que já entrei em contato com a direção do Foco pedindo para usar uma sala lá mesmo onde fazemos nossas aulas, em Santana. Isso devido ao número de interessados em participar da oficina, 33 pessoas - com esse número, seria inviável realizar a oficina em um local improvisado.
Assim que eu obtiver uma resposta da coordenação, eu comunico a vocês. E, embora eu tenha deixado para vocês escolherem as datas (dois domingos), acredito que a oficina deva acontecer nos dois primeiros domingos do mês de outubro; pois depois disso, estaremos muito em cima do Enem. Mas isso ainda fica para ser confirmado, ok?
Para os interessados em participar da Oficina de Redação, quero avisar que já entrei em contato com a direção do Foco pedindo para usar uma sala lá mesmo onde fazemos nossas aulas, em Santana. Isso devido ao número de interessados em participar da oficina, 33 pessoas - com esse número, seria inviável realizar a oficina em um local improvisado.
Assim que eu obtiver uma resposta da coordenação, eu comunico a vocês. E, embora eu tenha deixado para vocês escolherem as datas (dois domingos), acredito que a oficina deva acontecer nos dois primeiros domingos do mês de outubro; pois depois disso, estaremos muito em cima do Enem. Mas isso ainda fica para ser confirmado, ok?
Resumo do livro "Dom Casmurro", de Machado de Assis
Principais personagens
Bento: personagem principal da história, era ciumento, religioso, recluso, calado e metia muitas idéias infantis na cabeça. Gostava de ser ouvido e tinha seus muitos medos. Quando velho, tinha bigodes e era garboso, porém não muito forte, acabou se tornando rancisa, melancólico e “casmurro”. Não falou muito de sua fisionomia.
Capitu: cabelos grossos com duas tranças com fitas atadas a ponta uma a outra descidas pelas costas. Morena, olhos claros e grandes, como olhos de cigana, obliqua e dissimulada, nariz reto e comprido, boca fina e queixo largo. Suas mãos cheiravam a sabão comum com água normal de poço. Era uma linda garota e tornou-se uma linda mulher. Responsável, inteligente, pegava-se a pensar consigo mesma com facilidade, tinha um caráter forte e chamava bastante atenção. Companheira, romântica, cuidadosa, zelosa e econômica.
Escobar: rapaz esbelto, olhos claros, um pouco fugitivos, como as mãos, os pés, a fala, como tudo. Não falava claramente nem seguido, as mãos não apertavam umas as outras porque os dedos sendo delgados e curtos. O sorriso era instantâneo, sempre meditava algum ponto espiritual tinha braços fortes, olhar curioso e rápido. Era nadador e altura mediana. Inteligente e “amigo”, conseguia penetrar no âmago das pessoas e saber o que se passava com elas. Era 3 anos mais velho que Bento.
Ezequiel: Quando pequeno era um imitador, levado e inteligente. Quando moço tornou-se esbelto e com a aparência de Escobar, olhar e tudo o que o outro tinha. Era inteligente e interessado por arqueologia, porém morreu cedo e sem o amor de “pai”?
Características dos Personagens Secundários
José Dias: era “magro, chupado, com um princípio de calva” e teria os cinqüenta e cinco anos. Vestia-se simples e bem. Homem prestativo que tratava Bentinho com “extremos de mãe e atenções de servo.” Era um tipo de empregado da casa, porém muito mais chegado, era quase da família, tinha mania de expressar-se em superlativos.
Pádua: Era o pai de Capitu, homem baixo e grosso de corpo, pernas e braços curtos, costas abauladas. Dava-se bem com a família de Bentinho, exceto José Dias, com quem não se dava muito bem, mas respeitavam-se. Fora ajudado varias vezes por D. Maria da Gloria, e a queria “muitíssimo” bem.
Outros Personagens:
Prima Justina: era quadragénaria, magra e pálida, boca fina e olhos curiosos; que vivia ali por favores e interesses de D. Glória. Gostava de achar os defeitos das pessoas e expo-los aos olhos alheios. Quando não os encontrava, referia-se “a não ser...” sem completar essa frase.
Tio Cosme: um homem gordo e pesado, tinha a respiração curta e os olhos dorminhocos. Era também viúvo e vivia ali desde que D. Glória enviuvara. Era “excelentíssimo” jogador de gamão, e tratava a vida como uma grande ópera.
D. Fortunata: a mãe de Capitu, amiga e mãe dedicada apoiava a filha, porém morreu cedo na história.
Protonotário Cabral: padre amigo de todos e que se encarregara da entrada de Bentinho para o seminário, era conselheiro da família e ressaltava-lhe o dom do “Bom Comer”, pois gostava de uma mesa farta e bem variada, freqüentava bastante a casa de Bentinho.
Resumo da obra:
Bentinho, assim era chamado quando pequeno, passava quando ouviu seu nome no comentário que corria pela sala, começou a escutar a conversa de sua mãe, José Dias, Prima Justina, Tio Cosme a respeito da promessa que D. Maria da Glória tinha feito, que era enviá-lo ao seminário. José Dias, achava que Bentinho devia ir logo, pois já reparará como este pequeno andava de cochichos com Capitu, o que achava, poderia resultar em namoro. Bento nunca tinha pensado dessa maneira em Capitu, eram apenas amigos, pensou. É certo que conversavam bastante, mas nunca pensou na forma dita. Perdeu-se em seus pensamentos e não escutou o resto da conversa, viu apenas a mãe começar a chorar e os outros irem a seu socorro, aproveito-se da deixa para sair de seu esconderijo e ir ter com Capitu um dedo de prosa. Pensava muito sobre o que ouvira, e queria ter a prova com Capitu. Esta era sua vizinha, sua amiga e companheira de todas as horas, passavam muito tempo conversando e tinham um “chamego” especial, descobriu que o assunto era real quando viu Capitu a escrever seu nome e o dela na parede. Contou-lhe sobre sua ida para o seminário. Capitu revoltou-se, armou planos e ficou a pensar em uma solução para impedir a tragédia que caíra sobre eles. Os dias passaram, tentaram varias coisa para mudar a opinião de D. Maria da Glória, porém em vão. Bentinho foi mandado para o seminário.
Antes porém, Bento e Capitu, juraram que casariam custasse o que custasse levasse o tempo que fosse. No seminário, Bentinho pensava em sua casa, em Capitu e imaginava maneiras de sair o mais rápido possível. Dentro porém, era um aluno muito bom diziam os professores, “— Dará um bom padre, se tiver a vocação que há de aflorar...”, diziam. Fez amizades, mas seu melhor amigo foi Escobar, contavam intimidades e confidencias, tornaram-se grandes amigos inseparáveis. Enquanto isso Capitu cativava a mãe de Bentinho, D. Maria da Gloria, que já não fazia mais nada sem ela. Tempos passaram e surgiu a idéia de dar a chance do seminário a um outro moço, Bento saiu do seminário e D. Maria da Glória passou a ajudar um menino carente a se formar padre. Bento se formou e casou com Capitu como haviam jurado. Escobar, casou-se com a melhor amiga de Capitu e se tornaram um quarteto inseparável, Escobar e a esposa, Bento e Capitolina.
Muitas coisas se passaram, Escobar tinha um comercio e Bento tinha causas a defender no fórum, sempre juntos eram muito amigos, quando uns não estavam na casa de uns, estariam na casa do outro. Escobar teve uma filha, Bentinho e Capitu não conseguiam a façanha e o invejavam, Bentinho confessou seu desejo de ter um filho a Escobar. Após algum tempo, Capitolina engravidou e Bento realizou o sonho de ser pai de um garoto, Ezequiel. Este cresceu sadio e em companhia da filha de Escobar, todos planejavam o casamento dos dois, o que não ocorreu.
Em um dia de chuva, Escobar cismou em nadar e foi tragado pelo mar, não sobreviveu e provocou muita dor em todos, sua esposa e filha mudaram e ficaram distantes. Bento via em Ezequiel, se formar maneiras e trejeitos de Escobar, começando a desconfiar. Capitu e eles brigaram, Bento tentou suicídio, não conseguiu, o menino era Escobar menor, olhar e tudo mais o que provocava mais raiva de Bento, que acabou por se separar de Capitu. Esta foi para Europa, onde viveu seus últimos anos com o filho que crescia, Bento ficou e ia todo ano para Europa dizendo visitá-la porém não ia ao encontro de Capitu. Um certo dia, quando Bento estava em sua casa, um criado anunciou-lhe uma visita, está era Ezequiel já moço.
Bentinho encontrou-se com Ezequiel, que contou que sua mãe, Capitu, morrera e fora enterrada aos arredores da Suíça, Bento por sua vez contou-lhe da morte de José Dias, Prima Justina, Tio Cosme e D. Maria da Gloria, e via em Ezequiel a fisionomia de Escobar o que dava-lhe a sensação de que Ezequiel, como desconfiava há muito tempo, era filho de Escobar e não seu. Não tardou e Ezequiel partiu para o Egito, onde também morreu, fora enterrado lá mesmo. Bento continuou com sua dúvida, porém agora sozinho e “escreveu” o livro, lembrando-se que nunca amou outro mulher como amara Capitu.
terça-feira, 16 de agosto de 2011
Resumo do livro "Memórias de um Sargento de Milícias", de Manuel Antônio de Almeida
PERSONAGENS
Leonardo ou Leonardinho: O anti-herói ou herói picaresco do romance, vadio, malandro, que adora fazer estripulias e criar problemas. Mulherengo, quase perde seu amor, por ser inconsciente. É criado pelo padrinho, já que os pais se separam e não têm paciência para lhe suportar as traquinagens. Chega a ser preso, torna-se granadeiro e Sargento de Milícias. Casa-se e torna-se assentado.
Luisinha: Moça com a qual Leonardo se casa. Em princípio é desengonçada e estranha, depois melhora. Casa-se com José Manuel, por influência da tia, arranjando um marido que só deseja seus bens. É órfã. Fica viúva e une-se a Leonardo.
Vidinha: Mulata jovem, bonita e animada, toca viola e canta modinhas. Cativa Leonardo, que vive em sua casa por algum tempo.
O Compadre: Barbeiro de profissão, cria Leonardo, protege-o e acaba deixando-lhe uma herança que surripiou do comandante de um navio.
A Comadre: Defende e acompanha Leonardo em qualquer circunstância. Adora o afilhado.
D. Maria: Doida por uma demanda judicial, ganha a guarda de Luisinha, quando ela perde os pais.
José Manuel: Salafrário e calculista, casa-se com Luisinha por dinheiro e morre.
Major Vidigal: Militar que persegue Leonardo, até conseguir integrá-lo às forças milicianas. Calcado em uma figura real.
Leonardo Pataca: Pai de Leonardo, acaba casado com Chiquinha, depois que abandona o filho com o compadre.
Maria da Hortaliça: Mãe do personagem, portuguesa, trai o Pataca e foge com outro para Portugal.
Chiquinha: Casa-se com Leonardo Pataca. É filha da Comadre.
ENREDO
A obra conta as aventuras de Leonardo ou Leonardinho, filho ilegítimo dos portugueses Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça. Como os pais não desejassem criá-lo, Leonardo fica por conta de seu padrinho (um barbeiro) e de sua madrinha (uma parteira), após a separação dos de seus progenitores.
Sempre metido em travessuras, desde cedo Leonardo mostra-se um grande malandro. Já moço, apaixona-se por Luisinha, mas põe o romance a perder quando se envolve com a mulata Vidinha. A primeira decide, então, casar-se com outro.
Sempre metido em travessuras, desde cedo Leonardo mostra-se um grande malandro. Já moço, apaixona-se por Luisinha, mas põe o romance a perder quando se envolve com a mulata Vidinha. A primeira decide, então, casar-se com outro.
Tempos depois, Leonardo é preso pelo Major Vidigal, enfrenta diversos problemas, mas acaba sargento de milícias. Quando da viuvez de Luisinha, reaproxima-se da moça. Os dois casam-se e Leonardo é reabilitado. Leia resumo por capítulos:
Primeira Parte
Capítulo I
Leonardo Pataca e Maria da Hortaliça embarcam para o Brasil. Entre pisadelas e beliscões os dois jovens portugueses enamoram-se, envolvem-se e da união, nasce Leonardinho, o protagonista do romance, sete meses mais tarde. É, estranhamente, um menino gordo e grande, apesar de ter nascido tão cedo. A parteira e o barbeiro são seus padrinhos de batismo.
Capítulo II
Leonardo Pataca descobre-se traído por Maria e surra a mulher. O amante que estava com ela desaparece. Leonardinho rasga uns documentos que o pai esquecera sobre a mesa. O pai dá-lhe um pontapé que o manda longe. O menino vai viver com o padrinho. Maria da Hortaliça já não se encontra com o marido, pois fugira para Portugal com o capitão de um navio.
Capítulo III
O padrinho protege Leonardo. A madrinha cobra energia do barbeiro. Acha que Leonardo precisa ser castigado, já que é levado demais. O padrinho quer o afilhado padre, pois anda apreensivo com o futuro do pequeno.
Capítulo IV
Apaixonado por uma cigana que não o quer, Leonardo Pataca acaba preso, por recorrer a bruxarias, a fim de conquistá-la. Quem o prende é o Major Vidigal.
Capítulo V
O narrador fala de Vidigal, um homem temido e influente, apesar de parecer mole e lento. Ele é cruel com os que não trabalham e não tem piedade dos criminosos. Todos os que participavam da cerimônia de feitiçaria com Leonardo são chicoteados, para que dancem, até que não mais agüentem. Leonardo Pataca acaba na cadeia.
Capítulo VI
A comadre consegue libertar Leonardo Pataca. Leonardinho dorme em um acampamento cigano depois de seguir a procissão.
Capítulo VII
Fala da comadre, de seus momentos de esperteza e dos de inocência, da profissão de parteira, de suas benzedeiras, cochichos e rezas.
Capítulo VIII
A Comadre pedira a um tenente-coronel seu conhecido que conseguisse do rei algum benefício para Leonardo Pataca.
Capítulo IX
Conta-se a história do padrinho, que se apossou das economias de um capitão, às portas da morte, ao invés de entregá-las à filha do falecido, conforme prometera. O dinheiro proporciona-lhe uma vida boa e confortável.
Capítulo X
Leonardo fora libertado, porque o tenente-coronel tinha um filho que seduzira Maria da Hortaliça em Portugal, deflorando-a e abandonando-a, em tempos passados, e ajudar Pataca foi uma forma de pagar pelo mal cometido pelo filho.
Capítulo XI
Leonardinho não tem vocação para padre e é lerdo para aprender. O padrinho preocupa-se por ele. A vizinha briga com o petiz, que a imita. O padrinho que já discutira com ela, por causa da desavença com o pequeno, diverte-se com a imitação feita.
Capítulo XII
Na escola, Leonardinho é punido constantemente com a palmatória, pois só faz travessuras. Termina abandonando os estudos, depois de muito fugir da escola.
Capítulo XIII
Leonardinho fica amigo de um garoto que é coroinha e diz ao padrinho que também gostaria de servir na Igreja, como o outro. Em verdade, por ser malandro demais e não gostar dos estudos, o menino pretende encontrar um meio de fazer mais peraltices. Como o barbeiro tem vontade que o pequeno siga a carreira sacerdotal, imagina que será bom que ele comece a conviver no meio eclesiástico. Sabe que, apesar de tê-lo feito freqüentar a escola novamente, o afilhado não se empenha e vive fugindo das aulas. Os meninos, que se tornaram amigos em uma das fugas de Leonardinho, vingam-se da vizinha com a qual o padrinho brigara, jogando fumaça de insenso em seu rosto e também lhe entornando um pouco de cera na mantilha que estava usando.
Capítulo XIV
A cigana com a qual Leonardo Pataca se havia envolvido é amante de um padre que exerce a função de mestre de cerimônias da Igreja da Sé. Ele deverá proferir o sermão, por ocasião de uma festa que ocorrerá na igreja em questão. Um capuchinho italiano toma-lhe o lugar no púlpito, quando o padre se atrasa para a cerimônia. Em realidade, o grande responsável pelo problema é Leonardinho, que lhe informa o horário do acontecimento com uma hora de diferença do que deveria ser. Acaba sendo mandado embora, pelo que fez.
Capítulo XV
Chico-Juca é contratado para comparecer a uma reunião festiva que ocorrerá na casa da cigana da qual Pataca gosta. É a forma que o pai de Leonardinho arranja, para se vingar dela e do padre com o qual se envolvera. Não satisfeito com o que já programara, Pataca complementa sua vingança, avisando o Major Vidigal do que está ocorrendo. O padre vai parar na cadeia, para a satisfação de Leonardo.
Capítulo XVI
As coisas encaminham-se muito mal para o padre flagrado pelo Major. Arrependido e humilhado, ele toma a decisão de deixar a amante cigana. Mesmo desagradando a comadre, que tanto o ajudara, Leonardo Pataca retoma o relacionamento com a traidora e é recriminado por sua atitude. Chocada, a comadre o repreende.
Capítulo XVII
A gorda D.Maria simpatiza com Leonardinho. Ela aprecia demais as demandas ou ações judiciais. Quando acontece a procissão recebe o Compadre, em sua casa, além do afilhado. Também estão lá a Comadre e a vizinha, que tem a saia pisada pelo pequeno peralta, enquanto todos falam a respeito das traquinagens que ele faz o tempo todo. Leonardinho rasga a saia da mulher e continua a centralizar o assunto da conversa, já que trocam idéias sobre seu futuro. Para a velha senhora dona da casa, em toda a sua bondade e amor pelos menos afortunados, o menino deve-se tornar um “procurador de causas”, pois seria o melhor para ele.
Capítulo XVIII
Mais velho, Leonardo Pataca junta-se a Chiquinha, filha da Comadre, com quem acabará tendo uma filha. Quanto a Leonardinho, torna-se, segundo o narrador, um “vadio-mestre”, um “vadio-tipo”. Vão por água abaixo os planos feitos para ele pelo compadre, pois não se torna padre. Tão pouco segue os desejos da Comadre ou de Dona Maria. Sem trabalho, sem preocupações, leva a vida aventureira que lhe é tremendamente agradável. Faz visitas a D. Maria, acompanhando o padrinho. A velha senhora vencera mais uma de suas demandas, tornando-se tutora de uma sobrinha órfã chamada Luisinha. A moça veio da roça e é uma pessoa desengonçada, alta e magricela. Sua herança havia sido de mil cruzados. Leonardinho tem dificuldade em controlar o riso, quando a conhece, em um longo vestido de chita roxa, muito deselegante. E sempre se ri, quando se lembra dela. E sempre se lembra dela.
Capítulo XIX
Leonardinho e Luisinha aproximam-se gradativamente e o amor entre eles começa a brotar.
Capítulo XX
Depois que acontece a Festa do Divino, o casal torna-se mais unido e íntimo, fortalecendo os sentimentos que nutrem um pelo outro.
Capítulo XXI
Visitando D. Maria, padrinho e afilhado vêem-se diante do Sr. José Manuel, um velhaco de primeira, que adula a velha, para conseguir chegar até Luisinha. Suas pretensões visam à herança que a moça deverá receber com a morte de D.Maria, já que será a única beneficiária da tutora.
Capítulo XXII
A Comadre une-se ao Compadre, a fim de traçarem seus planos, para desarmar a tramóia de José Manuel e auxiliar o afilhado.
Capítulo XXIII
Leonardinho já se apercebeu das intenções de José Manuel e sente vontade de cortar-lhe o pescoço com uma navalha do Compadre. Seu padrinho, entretanto, aconselha-o e procura acalmar-lhe os ciúmes. O rapaz, muito desajeitado, consegue se declarar a Luisinha, após idas e vindas bastante cômicas, tremores e dúvidas, risos nervosos e um extremo desgaste.
Segunda parte
Capítulo I
Leonardo Pataca, pai de Leonardinho, tem uma filha com Chiquinha e a Comadre responsabiliza-se em fazer o parto. A menina será tranqüila e risonha, o avesso do irmão.
Capítulo II
A Comadre, como excelente fuxiqueira que é, leva ao conhecimento de D.Maria histórias que se contam sobre uma determinada ocorrência policial bastante comentada naquele tempo. Diz que ficou sabendo que José Manuel havia sido responsável pelo roubo de uma jovem e de uma bolsa com dinheiro. Facilitam-se os planos feitos por ela , o Compadre e o afilhado, tendo em vista que José Manuel se desvaloriza demais, perante Dona Maria, que é uma mulher honesta e não suporta falta de caráter.
Capítulo III
José Manuel não desiste de Luisinha, apesar dos pesares. Deseja saber quem o intrigou com D. Maria.
Capítulo IV
O Mestre de Rezas é cego e tem fama de ser um bom arranjador de casamentos. Ajuda José Manuel a se aproximar de Luisinha e procura descobrir quem falara mal do rapaz para D.Maria.
Capítulo V
Com a morte do padrinho, Leonardinho torna-se seu único herdeiro. Leonardo Pataca sabe disso, por intermédio da Comadre, e prontifica-se a tomar conta do filho, por puro interesse. O rapaz não consegue esquecer o pontapé que o pai, um dia, lhe dera. Não o agrada viver com um homem que vira tão poucas vezes. Sem opção, porém, acaba indo morar com o pai, Chiquinha e a irmãzinha.
Capítulo VI
Apesar de ter herdado “um bom par de mil cruzados”, Leonardinho acaba escurraçado da casa do pai, que o persegue com um espadim em punho, em mais um dia de brigas entre o moço e Chiquinha, a mulher do pai. Tudo acontece, porque Leonardinho não vê Luisinha na casa de D.Maria, quando vai até lá e, por este motivo, irrita-se.
Capítulo VII
Leonardinho conhece Vidinha, mulata que gosta de tocar viola e cantar suas modinhas, quando reencontra um ex-sacristão seu amigo, que o chama para fazer companhia a ele e ao bando de amigos que o segue naquela ocasião. Agrada-o ouvir Vidinha, com seus dentes brancos e os lábios umedecidos, cantar entre eles. Tomás da Sé leva-o para a casa na qual também vive Vidinha e Leonardinho ali permanece, ligando-se à moça.
Capítulo VIII
As viúvas e seus filhos vivem na mesma casa. Leonardinho passa a conviver com a família. Vidinha é uma das três moças que lá moram. Além delas, existem três rapazes. Os moços são funcionários da estrada de ferro. A idade dos jovens todos está por volta dos vinte anos.
Capítulo IX
José Manuel procura desfazer a má impressão que as intrigas haviam deixado em D.Maria a respeito dele. A madrinha procura o afilhado, sem conseguir encontrá-lo em lugar algum. Quando vai até a casa de D.Maria, leva uma reprimenda, por tudo o que dissera a respeito de José Manuel, já que o pretendente de Luisinha conseguira livrar-se das acusações, auxiliado pelo Mestre de Rezas. A Comadre pede desculpas a D.Maria, já que não tem meios de ajudar Leonardinho naquele momento.
Capítulo X
Vidinha é o pomo da discórdia em sua casa, pois desperta o interesse do primo e também o de Leonardinho. Acontece uma briga e o rapaz deseja partir. As viúvas e Vidinha estão a favor dele.É convencido a permanecer com a família. A Comadre consegue achá-lo logo após a briga.
Capítulo XI
A Comadre e as viúvas conversam. Leonardinho fica. Quando está em um piquenique, divertindo-se, acaba prisioneiro do Major Vidigal, por vadiagem.
Capítulo XII
José Manuel ganha uma das demandas para D.Maria e, desta forma, consegue o sim da velha senhora, ao seu pedido de casamento. Luisinha está bastante acabrunhada com o desaparecimento de Leonardinho, que não mais a procurara. Sem qualquer entusiasmo, aceita casar-se. O noivo vive a fazer os cálculos de quanto irá lucrar com o enlace. Casam-se os noivos e é feita uma grande festa.
Capítulo XIII
O Major Vidigal acaba desmoralizado, pois Leonardinho serve-se de uma agitação que ocorria na rua por onde passava aprisionado e foge. Volta para a casa da mulata Vidinha. Como jamais nenhum safado lhe escapara e por não estar acostumado com falta de respeito, Vidigal irrita-se como nunca e procura-o incansavelmente, em companhia dos granadeiros.
Capítulo XIV
Encontrar o fujão é uma questão de honra para o Major. Quer se vingar, pois não aceita ter sido alvo de chacotas. A Comadre, por sua vez, implora a Vidigal pelo afilhado, sem saber que ele já não está mais na prisão. Chega a chorar, ficando de joelhos, mas riem de sua atitude.
Capítulo XV
Sabendo que o afilhado está em liberdade e desejando salvá-lo da ira do Major Vidigal, a Comadre vai até a casa ds viúvas, passa uma descompostura em Leonardinho e exige que ele comece a trabalhar. Consegue-lhe um emprego na despensa ou ucharia real, local em que estão depositados mantimentos. Para Vidigal, essa é uma notícia ruim, pois seu perseguido deixa de ser um vadio, não havendo mais motivo para prendê-lo. Leonardinho, porém, não toma jeito. Rouba provisões da ucharia, levando-as para Vidinha. Envolve-se com a mulher de um dos empregados do Paço Real - o toma-largura -, visitando-lhe a mulher, na ausência deste, pois a moça é bela e desperta-lhe o interesse. O toma-largura acaba encontrando o maroto tomando um caldo com sua mulher e, desconfiado, persegue-o. Leonardinho acaba na rua, sem emprego.
Capítulo XVI
Vidinha, que já andava abandonada pelo moço, acaba sabendo do que acontecera, pois as notícias correm de boca em boca. Movida pelo ciúme e pela raiva, toma satisfações com a mulher do toma-largura e aproveita para fazer desfeita para o pobre coitado. Leonardinho, que seguira a jovem até a ucharia, termina em poder de Vidigal.
Capítulo XVII
O toma-largura e a mulher não reagem, ante os desacatos de Vidinha. O homem, ao contrário, interessa-se por ela e procura saber onde mora, depois que ela se vai. Quer conquistá-la, ter uma aventura e vingar-se daquele que o ultrajara.
Capítulo XVIII
Ninguém consegue encontrar Leonardinho, que está devidamente oculto por Vidigal. Procuram-no, mas é em vão. Nem na Casa da Guarda pode ser encontrado. A família de Vidinha chega à conclusão de que ele não deseja que o encontrem. Tirada essa conclusão, todos passam a detestá-lo. A Comadre é outra que perde seu tempo inutilmente, pois não consegue achar o afilhado. Somente quando o Major Vidigal surge, em uma reunião festiva, em que o toma-largura se excede, após beber demais, em companhia dos familiares de Vidinha, é que o desaparecimento de Leonardinho se esclarece. Em realidade, Vidigal fizera-o granadeiro e seu auxiliar, a fim de aproveitar-lhe a sabedoria em malandragem. Como o toma-largura ficasse rondando a casa de Vidinha, a família dela terminou por convidá-lo para participar de uma “patuscada em Cajueiros”, que foi exatamente onde o granadeiro Leonardo deu-lhe ordem de prisão.
Capítulo XIX
Leonardinho, granadeiro do Regimento Novo por ordem de Vidigal, sentara praça assim que saíra da prisão. O Major vê que não se enganara com relação ao moço, pois este se mostra competente em suas funções. No entanto, continua a fazer suas peraltices, o que não lhe permite cumprir completamente com as funções que lhe haviam sido atribuídas.
Capítulo XX
Em casa de Leonardo Pataca acontece uma comemoração. Teotônio - jogador, tocador e cantor - está presente, entoando suas melodias. Entretanto, ele irrita o Major Vidigal, ao lhe imitar os trejeitos na presença de todos, despertando-lhes o riso. Vidigal inconforma-se com a brincadeira e dá ordens a Leonardinho, para que aprisione o outro. O granadeiro segue até a casa do pai, para cumprir as ordens recebidas. É acolhido com simpatia e gosta de Teotônio, o que o leva a revelar-lhe a missão que lhe haviam destinado. Ele e Teotônio, então, resolvem tapear o Major Vidigal e, para tanto, traçam um plano adequado.
Capítulo XXI
Um amigo desmascara Leonardinho diante de Vidigal, ao cumprimentá-lo pela façanha que tramara com Teotônio. O Major percebe-se enganado e mais uma vez prende o maroto. A madrinha consegue libertá-lo, ao descobrir uma antiga namorada do Major, por meio de D.Maria. José Manuel revela seu verdadeiro caráter, quando chega ao fim a lua-de-mel.
Capítulo XXII
Auxiliadas por Maria Regalada, a Comadre e a tia de Luisinha tentam libertar o moço. Regalada e a Comadre procuram obter um relaxamento de prisão para ele. O Major não quer ceder, porém a ex-namorada segreda-lhe, ao ouvido, algo que o faz mudar de idéia, soltar o moço e ainda ajudá-lo no que é possível.
Capítulo XXIII
Concluem-se os fatos iniciados no capítulo anterior.
Capítulo XXIV
O sargento Leonardo e Luisinha reencontram-se durante o velório de José Manuel, que falecera devido a um ataque do coração, causado por uma demanda que D.Maria havia movido contra ele. Ao rever a moça, Leonardo admira-a e é correspondido nisto.
Capítulo XXV
O namoro de ambos é retomado, assim que termina o luto da jovem pelo falecido. Como o granadeiro não pode se casar, por ser um sargento de linha, o casal recorre ao Major, pedindo sua intervenção. Vidigal vive com Maria Regalada, que cumprira o que lhe prometera, para que libertasse Leonardinho anteriormente. É ela, mais uma vez, quem interfere e convence o Major a passar Leonardo de granadeiro a Sargento de Milícias, a fim de que possa se casar com Luisinha. De posse da herança que o padrinho lhe deixara e que o pai, Leonardo Pataca, acabara por devolver-lhe, o moço desposa Luisinha finalmente. Fecha-se o romance, noticiando-se a morte de D.Maria e a de Leonardo Pataca, além de vários acontecimentos tristes, que o narrador diz preferir poupar o leitor de conhecer.
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